Ele pousa o olhar num espelho. Estaca. As lágrimas correm-lhe pelo rosto, fazem-lhe um sulco límpido na cara marcada por um estertor. Sente-se renascido, mas a reencarnação não é desejada. As lágrimas limpam o rosto, mas a peçonha ficou. A peçonha do terror inexplicado.
Ele chora. E ficamos a olhar para ele, admirando-nos: ele ainda é capaz de chorar?
Se eu tivesse estado em Auschwitz, nunca mais choraria.
"Já morri uma vez", diz Gyurka. "O que queres dizer? Estás estranho. Mudaste", diz-lhe alguém.
Roberto Benigni está para Lajos Koltai como os Morangos com Açúcar para The Wire. Existem no mesmo meio, mas não mesma dimensão.
"O inferno não existe. Os campos de concentração existiram."
domingo, 21 de fevereiro de 2010Publicada por Unknown à(s) 14:31
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