Coisas belas e radiantes

segunda-feira, 29 de março de 2010

Em tempos de crise pessoal e tristeza crescente, volto sempre a ela.

E a esta frase:

'I want freedom, the right to self-expression, everybody's right to beautiful, radiant things.'

Vale a pena traduzir literalmente. Quero liberdade, o direito à expressão individual, o direito de todos a coisas belas e radiantes.

Coisas belas e radiantes. Aí está algo que já não se lê nos blogs afectados, nas crónicas incendiárias ou nos movimentos mais comprometidos com a causa dos trabalhadores.

Aposto que, se ousassem sugerir, às suas fileiras de militantes empedernidos e anti-burgueses, o recurso a tais ideias, ouviriam um coro de protestos ou, pior, uma recusa tonitroante. É que as coisas belas e radiantes não podem ser o fim da revolução.

E é por isto que oiço um conservador, decano de um instituto de investigação, defender, com todos os seus vastos recursos intelectuais, as virtudes do capitalismo liberal anglo-saxónico. E é por isto que ninguém, na sala - incluindo eu, se atreve a colocar em causa tais ideias.

Coisas belas e radiantes.

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